Embrapa inaugura seu centro de
bioinformática
O núcleo, em Campinas, vai ajudar
laboratórios e indústrias argoquímicas
EVANILDO DA SILVEIRA
CAMPINAS - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
inaugurou ontem, em Campinas, o seu Núcleo de Bioinformática (NBI), que
permitirá fazer, por meio de simulações em computadores, análises da
estrutura e das funções de proteínas. Esse tipo de pesquisa é fundamental
para que laboratórios farmacêuticos e indústrias agroquímicas, por
exemplo, possam produzir novos fármacos, agrotóxicos e vacinas ou
descubram a cura de várias doenças.
Os principais objetivos do NBI é funcionar como um centro de pesquisa
e oferta de serviços, como banco de dados e softwares na área de
bioinformática, por meio da internet. Seu principal produto é o software
Sting Millenium Suite (SMS), que permite o estudo da relação entre a
estrutura das proteínas e a interação entre elas. São estudos chamados de
genoma funcional e genoma estrutural, que vão além do simples mapeamento
de genes. Com esses estudos se verifica a atuação das proteínas,
responsáveis pela estrutura e funcionamento dos organismos vivos,
codificadas pelos genes.
Segundo o líder do NBI, Goran Neshich, o SMS já está sendo usado por
pesquisadores do mundo inteiro, por meio, entre outras instituições, da
rede internacional Protein Data Bank (www.rcsb.org/pdb), com sede no
Centro de Supercomputação em San Diego, da Universidade da Califórnia. "O
acesso é livre e gratuito para qualquer instituição acadêmica do mundo",
diz Neshich.
"As empresas também podem consultá-lo, mas não usá-lo para fabricar um
novo produto. Se fizerem isso terão de pagar."
Além de ser útil para pesquisadores do mundo inteiro, o NBI também
trará benefícios para os especialistas da própria Embrapa. "Os cientistas
de todos os nossos centros de pesquisa espalhados pelo País poderão usá-lo
para agilizar suas pesquisas", explicou o presidente da Embrapa, Alberto
Duque Portugal.
O novo núcleo da Embrapa foi implantado com financiamento conjunto de
R$ 2,5 milhões, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Outros R$ 500
mil vieram da própria Embrapa. Há uma parceria também com Universidade
Estadual de Campinas, que fornece estagiários para trabalhar no NBI.
Agrometeorologia - Na mesma cerimônia, foi lançada a Rede
Nacional de Agrometeorologia, que congrega 27 instituições que atuam nesse
setor, lideradas pela Embrapa, pela Unicamp e pelo Instituto Agronômico de
Campinas (IAC). Foi criado um site na internet, no qual estão disponíveis,
para agricultores e empresas rurais ou qualquer pessoa, informações sobre
clima, agricultura, zoneamento de riscos climáticos e links para a
previsão de tempo em todo o território nacional.
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